terça-feira, 15 de março de 2016


Respondendo a uma pergunta da repórter da DW, sobre os porquê até agora, dia 14 (ontem), a Renamo ainda não comprimiu a promessa de governar as províncias onde diz ter vencido nas eleições de 2014, Afonso Dhlakama, justifica: “Não, a RENAMO não disse o dia, disse que a partir do mês de Março vai iniciar a sua governação. Hoje, segunda-feira (14.03.), ainda faltam dezasseis dias para terminar o mês. Vamos iniciar essa governação paulatinamente, vamos tomar conta de vários distritos de cada província e estabelecermos as normas, as nossas administrações. Nós não dissemos que a partir de Março vamos pegar nos paus e expulsar a FRELIMO, não. De facto, Março é este mês, posso lhe garantir que há-de ouvir antes do dia trinta e um deste mês que a RENAMO nas províncias onde obteve a maioria já tomou tantos distritos. Foi o que prometemos e não há nada que esteja fora do prazo”, reafirmou o líder da perdiz.
Dhlakama, na entrevista, não escondeu ter conhecimento de todos os ataques protagonizados pelos seus homens armados, mas diz que apenas ataca militares. “Não há muitos civis que estão a morrer, foram três emboscadas: na zona do Zove, no troço entre o rio Save e Muxúnguè, a segunda emboscada na zona do Zonde, Catandica, no troço entre Chimoio e Tete, e a última emboscada foi no troço entre a vila da Gorongosa e a ponte sobre o rio Zambeze em Caia. Portanto, na áera de Nhamapanza e Nhamajaja”, detalhou Dhlakama.
Quanto ao ataque da viatura da transportadora Nagi investimentos e que atingiu mortalmente o motorista, o líder da perdiz nega tratar-se de civis. “Não era de passageiros, minha irmã. Isto aconteceu em Vonde há uma semana, o machimbombo era da empresa Naji cheio de FADM, Forças Armadas de Moçambique, que saiam de Chimoio para Tete. Pode usar a Rádio Deutsche Welle e as suas fontes, vai ter as provas. Eu não tenho que aldrabar e nem fazer propaganda. Então o motorista foi atingido, sei muito bem, foi num sábado às nove horas. Não havia nenhum elemento da população, morreram trinta e nove FADM. Pode morrer um e outro elemento da população, não estamos a fazer a guerra santa, pode apanhar um, temos de dizer que sim. Agora dizer que a RENAMO está a atacar civis não, porque seria um problema sério, a RENAMO sobrevive graças ao apoio da população.” [CC]
Folha de Maputo

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