A Ilha de Moçambique está a melhorar o seu aspecto, o que reforça o seu estatuto de património mundial da humanidade declarado pela Agencia das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura (UNESCO).
O edil da urbe, Saíde Abdurremane Gimba, afirma que tudo isso vem em resposta ao pedido do município, lançado há cerca de três meses, para que os proprietários dos imóveis da ilha efectuassem intervenções nos mesmos.
Exceptuando os imóveis habitacionais, comerciais e o que alberga o Tribunal Judicial de nível distrital, Saíde Gimba destacou que os demais edifício da cidade encontram-se neste momento a beneficiar de obras visando a sua reabilitação e conservação.
Entre eles o destaque vai para a sede do Conselho Municipal e do primeiro hospital do país, construído há 138 anos. O edifício da edilidade deverá ficar pronto antes de Dezembro e o do hospital da Ilha de Moçambique, cujas obras de reabilitação arrancaram recentemente, espera-se que a empreitada seja concluída antes de Setembro de 2018.
No edifício onde funcionaram a partir de 1584 os primeiros serviços alfandegários de Moçambique, finalmente, se iniciou obras de restauro que decorrerão em três fases. Ocupado e os seus vários compartimentos transformados para fins residenciais, o edifício vai voltar à sua vocação quando as obras terminarem ao lado do cais marítimo de desembarque de passageiro e do Museu de São Paulo, a principal porta de entrada de turistas à Ilha de Moçambique.
Este esforço está a emprestar à cidade uma “cara” que a dignifica como património mundial da humanidade, declarada pela Unesco ,em 1991, em reconhecimento, entre vários aspectos, à arquitectura dos seus imóveis construídos à base de pedra e cal e com madeiras aplicadas como vigas que resistem séculos.
Saíde Gimba precisou que as obras de reabilitação dos imóveis ao nível da cidade concorrem para sua valorização enquanto relíquias construídas há vários séculos. Segundo constatação da nossa Reportagem, a maioria dos escombros que até um passado recente retiravam o brilho que a Ilha de Moçambique, primeira capital do país, encontram-se neste momento em obras, facto que os próprios munícipes congratulam e acreditam que os festejos dos 200 anos de elevação da urbe ao actual estatuto, que será assinalado em 17 de Setembro de 2018, contarão com muitos pontos de referência.
Carlos Tembe
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